Uma súplica, na dor
E o canto se fez pranto
Numa dor contida.
Sem vento, sem brisa,
Sem luz,
Sem perfume.
Na cálida noite, que fecha, onde estrelas se foram, cujas nuvens surgiram;
E o céu fez-se escuridão.
Na sofrida vida sem o pão,
Caminha errante o pobre, sem perdão.
No sonho que esvai-se,
Nas lutas que perdeu.
Voam os pensamentos.
Em socorro a alma clama,
Aos céus, piedade .
De um infeliz que, em profunda angústia, morre.
Carmen Haddad
Rio de Janeiro RJ
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