Eu chamo a minha gata de filha e outros mesmos...
Eu chamo a minha gata de filha
Sabendo que é minha sobrinha
E que tem idade pra ser minha mãe
Quando o amor não precisa de parentesco de sangue
Tem a alma como identificação
De pertencer àqueles grandes olhos verdes
Que sempre dizem tudo
Não se esqueça, eu ''ainda'' te amo
Você, que já não vive entre nós
Você, que já não sabe o que não sabe
Como eu sei
Você, que já não espera o seu fim
Com um fio de esperança
Você, que não tem mais ''aindas'' ou ''porquês''
Você, que já não é um número da matéria
Ou o sentimento do seu tempo
Falo com a minha alma, que leve essa mensagem
Para que não se esqueça, que eu não te esqueci
[Peço ao impossível um pouco de ti]
Mesmo com as minhas memórias se apagando com a viagem
E sobrando pedaços seus dentro de mim
Me agarro às suas ruínas em minhas saudades
E lhe digo
Eu ''ainda'' te amo
Cronos/Tronos
A batalha que é a vida
Filosofia ou ignorância
Abraço ou ferida
Brilho no olhar ou diamantes
Riqueza na pobreza
ou pobreza na riqueza
Cronos, avante
É o tempo que nunca pára
Tronos, constantes
É o ser mundano, se esquecendo que é vala
Que será soterrado
Que é sua própria terra
Que são as lágrimas quentes do momento
Que são as areias pesadas na saudade aberta
Do fogo da vela na noite ateia
Na escuridão como pensamento terminal
O horror
Estar ciente que a morte nos espera
Aquele que desperta, vive o divino momento
Poeta, do destino universal