PONTO DE RUPTURA
Há um ponto necessário a ser atingido.
Pode ser o instante de um grito,
Ou de um sufocante ataque de riso.
Falo de um instante de existência
Onde tudo é suspense.
Onde nada acontece
Enquanto a vida segue.
Um momento onde o eu não existe,
Onde o silêncio dança
E a loucura canta.
É um ponto de desequilíbrio,
De desaparecimento de si,
Onde não há verdade ou esperança.
É quando tudo se reinventa
Na ausência de convicções
E embriaguez das certeza.
É preciso sempre atingir este ponto
Onde o desespero nos ensina o absurdo de algo novo.