CALOU-SE E SELOU-SE O CORAÇÃO!
Seladas foram as minhas palavras,
endereçadas estavam, a você para declarar-me inteiramente, seu!
A porta do coração não se abriu,
os olhos eternecidos com o nascer do dia não deram significado à ausência de movimentos no interior da casa!
Nenhum barulho movimentava os ares, tocava o piso, as louças e minha face!
Calou-se e selou-se a boca...murmurando, solitariamente, tentando pronunciar um apelo salvador para este enfando episódio!
Não explicou-se a caneta intimidada frente à folha branca... mas o desespero fora tanto que resolveu desabafar a desdita do adeus!
©BALSA MELO
27.09.05
JOÃO PESSOA - PB