Fala pra Deus (...)
dê-me o tom
da faca ainda viva
que impassível afaga teu nome
quando ainda é um rumor
uma sílaba falsa que consome a meia
no ruído da tua rua
minha alma vai à boleia do caminhão.
a sombra engasga-se nas pedras...
o tempo desdobra-se nas folhas desenhadas no leite
fala pra Deus,
que o pecado tem duas faces
nas mãos de uma mulher.
prefere morrer lentamente
alguns dias mais que d’outros, na mesma frase.