Este meu amor

Ah, estas

Portas abertas,

Esse meu amor, vidraça...

Corta, dói, estilhaça

E os doces, esquecem-se

Esquecem-se, das palavras...

A carne, atravessa-me

Outra carne, até, o coração

Romper-se-me promessas,

Milagres...Ah, escapa-me

O perdão, aí sou sem

Sutileza, delicadeza

Sou eu, somente eu

Perdida, às perdições,

As do tesão, que me

Embriagam de amargos,

Desiludem-me tragos

Os ainda trago à boca,

Ah, a desilusão!

E se cogito oasis,

Ei-los miragens

E se o sol é da manhã

Até ele, é danação.

É só o caminhar só, e

Sob o sol, clareia-se

Clara, a rapina, e é às

Minhas visceras, que em

Mim morrem, jogadas como semente...

Numa vingança do amor

O estéril, o de não florescer

Padeço...Materializa-se a falta

Um jardim, sem mim!

Linda releitura feita pelo amigo e poeta João Manoel (Da Montanha)