Asa do amanhã
agudo pedaço de mim
minha roupa, meu sapato.
azul escuro quase preto afia-me o peito
por onde anda a faca doce que me sorri
desbotados abismos silvestres?
vem, volta para mim...
recorta o tumulto da alma
usa-te como arma, no amanhã.
pois perdi a capacidade de morrer.