Gavetas da alma!
Gavetas da alma!
Estão os segredos inconfessáveis.
Escondidos, temidos, com medo de vê-los.
Que não os tem? Quem não os guardou?
Que nós faz sofrer, recordar, chorar.
Lembranças do que fizemos, do que não fizemos.
Gavetas tão cheias de que?
Medos, incertezas, temores, traumas.
Fraquejo da alma de se entregar.
Ofertar seu amor, e não receber.
Sem saber, que o sofrer de não ter.
É maior do que ter e perder.
Hoje sofre a ausência ,com as chaves na mão.
Olhando as gavetas, as repletas, as vazias.
Qual preencher, já não mais secretas.
Pois muitos já sabem, sem coragem de ler.
Rescreve seu livro, relendo o escrito.
Escrevendo o não lido, colorindo as folhas.
Escrevendo poemas, morrendo de amor.
ADELE PEREIRA