Partenogênese
O despertar p'ro manifesto:
uma sutil implosão que transmuta a potência em dança
[não sem a doce dor da gênese]
da quebra etérea da dantes inerte mente silente a velejar-te o berço esplêndido
para o qual nasce agora o vento
E quando abro o olho surdo para ler o céu
(uma leitura desmistificada
Isenta do falho intento de descodificar a lei universal das estrelas oculta no firmamento e nos versos sagrados sem tempo)
A terra vai recitando a poesia das texturas em cada hóstia de sentir
O menino-Deus que brinca e dorme nos meus sonhos
Manifestou-se como menino-poeta que me ensina o mundo.
Sem carência de pronúncia ou matéria
desnudou-me
o véu da fronteira orgânica e
me deu à luz
(O manifesto
é também sublime)