ONDE ANDARÃO
ONDE ANDARÃO
Onde andarão a garoa
Que umedecia o chão
O sereno
Que deixava o tempo ameno
O orvalho nas pedras e nas pétalas
Em auroras frescas e brumadas
Foram-se sem deixar vestígios
Desidratadas pelos novos ares
Cheios de despejos diários
De máquinas ambulantes
De chaminés poluentes
De árvores caídas
De córregos enterrados pelo asfalto
No processo do progresso
No ocupar desocupando
No ir e vir insano
Na busca incessante da extinção
Dos prazeres naturais da vida