NUNCA É TARDE

Conheci um amigo

Que não sabia o que era amar.

Olhava para o próprio umbigo

E só queria a vida aproveitar.

Entre encontros e farras

A vida foi passando...

Desatou suas amarras

E jamais se viu amando.

Nem amou e nem amado

A velhice chegou.

E pelo espelho foi revelado.

Aos 82 provou do amor

Emocionado, começou a chorar,

E agradeceu por não partir com a dor

De não saber o que era amar.

Viveu até aos noventa.

Nunca é tarde para viver

O que o amor propunha

Eu fui testemunha.

Ênio Azevedo.

INTERAÇÃO DO POETA AMIGO

FRANCISCO DE ASSIS GÓIS

O teu amigo acordou,

Pois quem parte desse mundo,

Deixa um débito profundo,

Se na vida nunca amou.

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 05/05/2019
Reeditado em 06/05/2019
Código do texto: T6639882
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