O Doce Beijo da Morte na Ampulheta Diáfana da Vida Eterna
Um novo sol brilhou tal qual candeeiro
guiou minh'alma tão antiga pelo beco
e as pedras do caminho eram pontiagudas
mas, meus pés descalços eram toda a dor
que foi mãe, escola, amor e professora
e, nuvens plúmbeas vagavam meu céu
tão carregado, tão cheio de estrelas e cometas
e, minha carcaça pútrida em decomposição
canta poesias de Augusto, Rimbaud e Baudelaire,
e, eles me oferecem cálices de vida e de morte
e, eu bebo até minh'alma se afogar nas lágrimas do tempo
e, me sento sozinho dentro da ampulheta
esperando a linda ceifadora poder beijar-me
e, em seu beijo doce o descanso de mil eras...