prosseguindo

Tremula cidade, lustro opaco

De uma noite vazia, vejo frutas

Que se vingam de sua beleza, sumo

Sagrado que nos devora e nos nasce

Renascendo nas pedras de fogo, a vida

É esse redemoinho que nos consome?

Há janelas e parques, onde dançarinas

Se exibem nas formas mais excitante,

Avental entre as pernas, os homens

Latem com os olhos, e gritam com os cabelos

A demora desse inverno, luz nas mãos,

Nos pés, na pele que cobre o tempo e

E nos embala com suas vertigens,

Encontro uma pedra, dessa simples, sem

Adorno ou veraneio, sento e observo o horizonte

Crescendo.