REALIDADE
São realidades...são pois cousas belas
a enfeitar nossa limitada vida;
e lá no céu infinito passam estrelas,
que desaparecem na sua paz contida.
Silêncio, fala muda do universo,
curiosamente nos critica, repenso...
dentro de pálida timidez em verso...
sincero, assustador, mas intenso.
Virá a devida hora da verdade
e uma zoada forte virá do além,
parecendo qual outrora: sem idade.
Todavia, hoje e agora sem maldade,
rebato o sonho que não virá também:
– faço da vida uma ação de bondade!
Salvador, 1996.