Falsos Deuses
Cuidado, nas horas que dizem ser do homem/
Vejo como o tempo do mundo/
Ao redor das fogueiras muitos se refastelam com ouro e vaidades/
Que somam nada mais do que vis quinquilharias/
Pelas ruas, insolentes, balbuciam no silencio de cada segundo/
O que o coração transborda/
E na intensidade das ambições e soberbas/
Se deixam persuadir pelo canto das sereias/
Atendendo o chamado dos seu anseios/
Começam assim, a assenhorar-se até se tornarem escravos de muitos deuses/
Perdendo a visão e aos poucos trocando a razão pela insanidade/
Tão embriagados no poder/
Intitulam-se reis ou senhores do pedaço/
Andrajos é que são/
Testemunhas das suas próprias covas/
A suprir vorazmente só a necessidade do corpo/
Na aflição dos nossos dias o medo desilude a vida/
Criar uma confusão na cabeça dos ignorantes/
Que tomam para si qualquer força sentida/
Como um novo deus pra melhor viver/
No entanto, como a andar num deserto/
Jamais estarão imunes as miragens/
Esses tendem a morrer sem jamais conhecer o Deus da verdade/