Psicosentidos ébrios
No tom insensato
Cantando o caminho
Entorpecendo a estrada
Na presença
De todos os sentidos ébrios,
Minha boca sente os teus lábios
No imaginário
Depois de tê-los à noite passada,
Minha audição, aquele violão
Que meus amigos costumam tocar
E um repertório vasto
Longínquo
Que vai ultrapassando os horizontes.
Minha pele ao sol
Sente os raios a penetrarem a alma
Encaro o dia
A pupila é presenteada
Com todas as cores.
O mundo psicodélico
De presença e lembrança,
Tudo ao alcance do pensamento
Do sonho e da loucura
O que vou pensar
O que vou sonhar
Qual o delírio de hoje
Essas coisas são um pouco secretas
Até para quem as sentem,
Esconde-se o sonho
O pensamento e o delírio
Respirando o obscuro
Inspirando-me no que não sei.