Perde-se

Protege seu próprio templo

E faça dele sua escultura

Entoe seu cantar mais belo

E ouça sua própria loucura

Aquele que se vê intrépido

Que por pouco se amaldiçoa

Que por nada se envaidece

Deixa os traços de ser pessoa

Desconhecendo a perfeição

Pela pura ineficiência

Procura em seu próprio lume

O prospecto da inocência

Por desleixo ou por descuido

Pelo contrário do que se assemelha

Deixa nua sua própria vida

E se perde em suas beiras

E se nota seu belo anseio

Percebe-se seu melhor dizer

E se pode crescer lá fora

Deixa os cofres por assim crer

E não há cousa no mundo

Ou na face de um vintém

Para que recorra aos seus pedidos

Tenha fazer mal a alguém

Pois seus crimes são só plumas

E seus pecados são tostões

Suas falhas são como gotas

Seus entulhos só questões

Claudemir Evangelista
Enviado por Claudemir Evangelista em 01/05/2019
Código do texto: T6637004
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.