Perde-se
Protege seu próprio templo
E faça dele sua escultura
Entoe seu cantar mais belo
E ouça sua própria loucura
Aquele que se vê intrépido
Que por pouco se amaldiçoa
Que por nada se envaidece
Deixa os traços de ser pessoa
Desconhecendo a perfeição
Pela pura ineficiência
Procura em seu próprio lume
O prospecto da inocência
Por desleixo ou por descuido
Pelo contrário do que se assemelha
Deixa nua sua própria vida
E se perde em suas beiras
E se nota seu belo anseio
Percebe-se seu melhor dizer
E se pode crescer lá fora
Deixa os cofres por assim crer
E não há cousa no mundo
Ou na face de um vintém
Para que recorra aos seus pedidos
Tenha fazer mal a alguém
Pois seus crimes são só plumas
E seus pecados são tostões
Suas falhas são como gotas
Seus entulhos só questões