RETRATO DO PAÍS
Impune incha o peito grita forte
Desafia a própria morte
Dispensando a sorte
De ser alguém.
Sorrir
Do sistema falido
E do povo sofrido
Que desassistido
Paga a conta
Da prisão.
Desdenha da polícia
E forma a milícia
Pra dominar o povão.
O bandido circula livre,
Enquanto o trabalhador
Esconde-se atrás das grades.
Precisamos de paz e de justiça
Cansados dessa guerra mestiça
Que a impunidade atiça
Em cima de todos nós.
Sistema carcerário arcaico
Este falso Estado laico
Faz-se de cego.
Previdência à beira da "morte"
Idosos jogados à sorte
E seja o que Deus quiser.
O bom senso chora
Por tantas belezas naturais
Que por motivos banais
Não podem ser apreciadas
Quando existem para serem admiradas
Escondidas ficam
Atrás da violência.
(Espero que mude)
Ênio Azevedo
ACADEMIA ZEDOQUENSE DE LETRAS