RETRATO DO PAÍS

Impune incha o peito grita forte

Desafia a própria morte

Dispensando a sorte

De ser alguém.

Sorrir

Do sistema falido

E do povo sofrido

Que desassistido

Paga a conta

Da prisão.

Desdenha da polícia

E forma a milícia

Pra dominar o povão.

O bandido circula livre,

Enquanto o trabalhador

Esconde-se atrás das grades.

Precisamos de paz e de justiça

Cansados dessa guerra mestiça

Que a impunidade atiça

Em cima de todos nós.

Sistema carcerário arcaico

Este falso Estado laico

Faz-se de cego.

Previdência à beira da "morte"

Idosos jogados à sorte

E seja o que Deus quiser.

O bom senso chora

Por tantas belezas naturais

Que por motivos banais

Não podem ser apreciadas

Quando existem para serem admiradas

Escondidas ficam

Atrás da violência.

(Espero que mude)

Ênio Azevedo

ACADEMIA ZEDOQUENSE DE LETRAS

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 30/04/2019
Código do texto: T6636066
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