Vestido novo
enfeitou-se, de água, de vento.
de tudo que soasse firmamento.
no tom da meia noite,
o vermelho da lua no fundo de tudo.
como se fosse um vermelho
de mão dada com os versos
de longe o pincel a continuar-te,
maior que a rua
maior que a busca eterna
pela chave na bolsa.
pois enquanto você meu amor,
não fizer uma versão tua
será sempre maior a minha,
desenhando-te.
(tal um pequeno remorso tênue).
e as horas límpidas
passando pelo telefone
que toca só em seu peito
e daqui a pouco dentro do tempo.
rasgando o ardor do pulso (...).
no mesmo vermelho da caixa de lápis.
tão solene que não digo.