ODE AO SOL
O meu mundo caiu.
O sol se escondeu de mim
Meu pobre coração feriu
Como podes me deixar assim?
A noite inteira eu segui as estrelas
Procurei-te atrás do monte
E quando olhei para elas
Estavam sem tua luz doravante
Mal sabia eu! Tu estavas a me esperar,
Eu era quem vagava no sentido contrário
E só no dia seguinte te reencontrar
Iluminado, imponente sem ser arbitrário.
Meu sol! Fonte de luz e energia
Mesmo quando de mim se distancia
Transforma minha saudade em alegria
Na certeza de que sempre estará a me esperar
Para esse encontro de magia e elegância.
És tu que aquece o meu corpo
És tu que me faz suar
Sem muito esforço
E aquece para mim, as água do mar.
Nos dias nublados
Chamo-te em pensamento
Corpos resfriados
Sem teu alento.
Raios solares
Corações transpassados
Tremendo em frios lares
Agora aquecidos e aconchegados.
Ênio Azevedo
Academia Zedoquense de Letras