PELO VELEJO DA INSUFICIÊNCIA
Como está a branca areia da Praia de Itaparica
dentro desta tarde que pisa sobre os meus ossos
esfarelados?
(prontos para tornarem-se aço e minério de Brasil)
a luz do poste reluta em acender
num país de infinitas hemorragias
e ovulações:
sol causticante
(nascem as terríveis sinas perdidas)
foi-se a poesia nas pontas de dois marcadores
senti saudade do útero de minha mãe
donde tecia:
masmorra orfanato
(preso por quimeras e pasárgadas)
o que murcha compõe
notas russas e cisnes negros
ninguém deriva:
O que foi o que é o que será
(cuspa-me)