ENTRE LUAS

ENTRE LUAS

Entre luas em que durmo

Nada há a apetecer

Os caminhos estão tomados

De rastos ensanguentados

Flores apenas tumulares

Em epitáfios desgraçados

O interregno misterioso

Destinado finalmente aos céus

Ou terras famintas

É a paz sobre pedras

Que cobrem os escombros

Da morte silenciosa

E apodrecida ainda em vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 29/04/2019
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