ENTRE LUAS
ENTRE LUAS
Entre luas em que durmo
Nada há a apetecer
Os caminhos estão tomados
De rastos ensanguentados
Flores apenas tumulares
Em epitáfios desgraçados
O interregno misterioso
Destinado finalmente aos céus
Ou terras famintas
É a paz sobre pedras
Que cobrem os escombros
Da morte silenciosa
E apodrecida ainda em vida