TALVEZ...
 
Vou seguindo pela vida,
sem achar uma saída
deste labirinto indistinto,
onde se perdem meus passos.
Se alguém me olha disfarço,
fingindo estar tudo bem
sem senão e sem porém,
mas só eu sei o que sinto,
nada de bom eu pressinto
neste eterno vai e vem.
Sopra o vento, e a poeira
sobre depressa, ligeira,
empanando-me a visão.
Caminho indiferente,
nem sei mais se sigo em frente...
Nas mãos levo uma rosa,
arrogante, rosa prosa,
tábua é de salvação.