Se eu tivesse uma banheira
Se eu tivesse uma banheira,
Lavadora a alma com Coca-Cola
Mas não seria a Márcia X,
Seria eu querendo ser.
Quero ser o esnobe que esnoba do mundo,
Quero ser pequeno e/ou enorme,
Quero ser a dama e/ou vagabundo.
Quero ser tudo inclusive o nada,
Quero ser o mundo,
Quero ser a estrada.
O que eu quero de verdade mesmo
E que a minha arte não seja meros delírio,
E que seja viva como um discurso,
Respeitada como qualquer opinião relevante,
E lembrada como qualquer arte deve ser.
Já que eu não tenho uma banheira,
Posso ter minha arte,
Que não e só minha?