Na Lua minguante
Na noite fria a lua aparenta sorrir trazendo a lembrança de ti,
Busco a tua imagem ao redor, instinto nos sonhos em encontrar a mística cor que envolve teus olhos… Encontrar nesta infinita madrugada teu abraço imprescindível,
Neste lugar atrelado a vestígios teus recuso-me a crer nesse castigo… Te deixar, te esquecer.
Jamais poderei fazer tais coisas após este âmago me ter sido entregue. No elmo da noite me recordo interminavelmente de quando entrelaçados em fortes abraços estávamos e nas ruas divagamos juntos.
Sinto tua chama ainda a me aquecer, recordo teus lábios que cálidos presentearam-me com beijos inestimáveis.
Nossas conversas mais insanas, teus olhares a cada momento desejando o toque mais ameno e sincero…
E na escuridão do manto noturno revejo tais momentos eternizados em pensamentos. Bela forma que me enlaça em véus de sentimentos.
Somos os mesmos… Questionamentos me surgem, se saberias o que despertas mesmo de longe.
Quando nossas noites cruzam minha mente nostálgica e incerta… Os caminhos que fizemos e aquele lugar que se tornou mágico sendo impossível descrever tudo o que me recai.
O medo da irrealidade mancha essas visões, minhas inquietações me recordam que não estou no mundo das ideias.
E em tua voz o conforto ressurge, seria doloroso para ti estar tão longe e ao mesmo tempo tão perto? Onde quer que estejamos sei que ao ver a Lua em qualquer fase iremos nos encontrar…