ARES

ARES

Ar ameno no rosto

Refrescam rugas no entreposto

E lá se vão ares e anos

Vagando ao sabor de ventos

Quentes ou frios

Desencorajantes ou

Criadores de arrepios

Mas essas sensações já vão longe

Quando ainda tinham importância

As viradas da ampulheta

As expectativas dos seguintes dias

As aventuras das noites

Hoje tudo são recordações

Fantasmas sem aparições

Realidades mortas

Próximas a saída pela porta

Que dá acesso à rua desconhecida

Nunca dantes experimentada

Viagem sem volta ao absolutamente

Nada

Apenas fim

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 28/04/2019
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