Para beber com o tempo que passa (...)
repara agora nessa chuva aquecendo o braço de Apolo
foi uma chuva que sonhei
uma saudade me convidou a balançar sua roupa no varal.
sabe, queria encontrar os pássaros lá fora
criando os sons
vertendo pedaço por pedaço o passar do tempo.
...arranca-me agora, de seus lábios como um pedaço de trapo.
as marcas desmerecem a certeza dos bares
onde me embriago no que somos
desaguando todo o abismo interior.
na desordem dessa saudade me dispo
no sincero da chuva que caí.
... essa barba que gruda no tecido de toda certeza
chamando de volta o cheiro de mato de nossas sombras
adormecidas no cansaço de um dia qualquer.