TAMBORES QUE SE FERREM

Canecas que se movem nas mãos

Apertam, matam coração

De estilhaçados a vida se enche

Ternos palhaços a vida se preenche

Lola lambula dos gansos

Traça com mouros (e)ternos laços

Das cacimbadas da malta são vivos fracassos

A dança ciranda

Que era tocada na banda

O vento levou

O kota das canecas bazou

Hoje sabemos que um profeta ele foi

Saudades, a faca cravada no peito

Mísera e sonsa nossas vidas seiva

Mas é deleite o olhar aguacento

Que não é lama, nem sedimento

Afinal os da plebe também sofrem

Passam fome, também morrem

Nada eterno, até mesmo a dor

Que dizem eles sobre isto?

Indigentes, para muitos quisto

...desfalecem,

...esvanecem.

Mille Tavares El Dorado
Enviado por Mille Tavares El Dorado em 27/04/2019
Código do texto: T6633362
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.