TAMBORES QUE SE FERREM
Canecas que se movem nas mãos
Apertam, matam coração
De estilhaçados a vida se enche
Ternos palhaços a vida se preenche
Lola lambula dos gansos
Traça com mouros (e)ternos laços
Das cacimbadas da malta são vivos fracassos
A dança ciranda
Que era tocada na banda
O vento levou
O kota das canecas bazou
Hoje sabemos que um profeta ele foi
Saudades, a faca cravada no peito
Mísera e sonsa nossas vidas seiva
Mas é deleite o olhar aguacento
Que não é lama, nem sedimento
Afinal os da plebe também sofrem
Passam fome, também morrem
Nada eterno, até mesmo a dor
Que dizem eles sobre isto?
Indigentes, para muitos quisto
...desfalecem,
...esvanecem.