Sangue Latino

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Os Condenados

Carrego nas veias o sangue do povo guerreiro

Carrego nas mãos o sangue do povo assassino

Levo na mente as lágrimas do coveiro

Que enterrou os corpos do meu povo latino

Não esqueço os pecados do colonizador

Não esqueço a história do povo que resistiu

Sou descendente dos heróis que enfrentaram a dor

E exorcizo os demônios que um dia os feriu

Sou filho de um povo que bradou o orgulho

a fagulha que sobreviveu ao genocídio

Grito, me revolto, faço barulho

Mas esse olhar revoltado, hoje já é tardio

Esqueceram os ritos

Adotaram outros deuses

Morreram nossos antigos mitos

Só ficaram restos desse sangue latino

Que um dia lavou essas terras

Multiplicaram o sangue assassino

Que afundou uma civilização em trevas

Sou a cultura latina que resistiu ao colonizador

A abominação que afugentou o invasor

O grito de rebelião que o inimigo ouviu

Sou o fantasma da América latina que não se extinguiu

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 27/04/2019
Reeditado em 03/06/2019
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