Sangue Latino
Histórias
As Vítimas
Os Culpados
As Lástimas
Os Condenados
Carrego nas veias o sangue do povo guerreiro
Carrego nas mãos o sangue do povo assassino
Levo na mente as lágrimas do coveiro
Que enterrou os corpos do meu povo latino
Não esqueço os pecados do colonizador
Não esqueço a história do povo que resistiu
Sou descendente dos heróis que enfrentaram a dor
E exorcizo os demônios que um dia os feriu
Sou filho de um povo que bradou o orgulho
a fagulha que sobreviveu ao genocídio
Grito, me revolto, faço barulho
Mas esse olhar revoltado, hoje já é tardio
Esqueceram os ritos
Adotaram outros deuses
Morreram nossos antigos mitos
Só ficaram restos desse sangue latino
Que um dia lavou essas terras
Multiplicaram o sangue assassino
Que afundou uma civilização em trevas
Sou a cultura latina que resistiu ao colonizador
A abominação que afugentou o invasor
O grito de rebelião que o inimigo ouviu
Sou o fantasma da América latina que não se extinguiu