Vulnerável
Ninguém nenhum precisa
Ninguém algum,
Penso.
Mas basta
A memória enevoada
A obliteração cadenciada do fígado
A ardência febril nos olhos cansados
Um leque de pretensões mal disfarçadas
O gosto de cabo de guarda-chuva na boca
Imiscuindo através das luzes de faróis altos
Para a ausência de precisão ser relativizada.
Todo cão sarnento de rua quer se sentir benquisto
Bonito, imprescindível e especial
Às vezes.
26/04/2019