O Sonho e o Som
chove
e ouço o ruído
das folhas que riscam
as prateleiras da madrugada:
- O rio está seco, o rio está seco
desperto ao
rumor indeciso,
alarde das cordas,
o tumulto impreciso das horas:
- Como é vasto o silêncio da multidão
e ao longe,
troveja uma canção
de ferro e Jasmim,
a eufonia (Concerto) das cores,
e meus olhos se cansam em tantos outros feitos do espanto
e cá me torno presente - já embaraçado,
me despedindo do agora,
porque sei que as manhãs
pertencem a vertigem,
e os sonhos, das fuligens do som