escreverei o oposto
de tudo que já escrevi,
não quero mais identidade
não me quero dentro de mim,
está exposto em meu rosto
cada desgosto que já vivi,
escondido atrás da idade,
tão jovem, tão perto do fim ...
quero observar o mundo
e descreve-lo em palavras,
porém fujo de tudo,
vivo em meu mundo ...
sou fruto de lavas,
me queimam as asas ...
tal impossibilidade de voar
não me permite respirar,
nem ao menos pensar ...
porra, alguém??!
me tirem daqui!
um dia deixarei flores
em meu próprio tumulo
e eu direi a mim mesmo:
você foi um grande homem
então virarei as costas ...
e voltarei a brincar,
como no tempo ...
q' era criança.