SINTO-AS (...)
Porque é que elas caem,
De onde vêm,
Sinto-as na alma,
Na íris inundadas,
Estão elas imaculadas...!?
Porque é que elas querem cair
Sinto o peito vazio, algo por vir,
Envolvido no medo que consome,
Esse nostálgico sentir,
Paralisou uma parte de mim,
Doí mesmo em senti-la,
Porque elas ferem sem saber, enfim...
Sinto-as salgadas,
Paralisando a minha mente,
Caem na minha ilusão,
Essa nódoa deixa diferente...
Porque elas querem sair
Trazer aqueles que não estão por perto,
Suspiro silencioso cá dentro,
Sinto frio, quebrando o escudo...
Desprotegido, sinto-me tão esquecido,
Como uma brisa sem sentido,
Parado no tempo, sem bússola,
Distante daquele norte,
Atirado à sorte...
Apenas aquém do existir.
Sinto-as preste a diluir,
Essa dor emergente, urgente,
Que afecta o âmago da gente...
Oh! pranto do som,
Canção de tristeza dos meus pobres olhos,
Tristes caminhos em espinhos,
Sinto-as nessa noite sem abrigo
O desapego que abraça,
Mas porque
que elas querem cair às pressa...
Qual será a razão desse sentir sem igual!
Apenas uma lágrima para mudar o sentir da minha noite (...)
(M&M)