POETA DO SERTÃO
Ao poeta Cunha Neto
O poeta fala voz do coração
Que o embeleza, o sublima e o extasia
A carnaúba e o pôr do sol em harmonia
Tudo é beleza, é divino, é perfeição.
Cria do nada a essência do poema
Dando-lhe formas tal qual um artesão
Que observando o fascínio da falena
Canta a natureza e o poder da Criação
Num suave e sutil desabrochar de flor
Nasce a doce inspiração que o poeta tem
De transformar em riso o pontear da dor
Que o machuca, o maltrata e o leva além
Mas este é o oficio, meus senhores!
De quem nasceu para alegrar a tantos
Celebrar a paz, a harmonia e cantar amores
Mas pobre e esquecido vai fenecer em prantos