ALHEIO AOS VENTOS

Se me encontrares, alheio aos ventos,

Meio ausente, como a flutuar,

Será por ti, que nos meus pensamentos,

Desde sempre viestes habitar.

Sou sempre assim, nesses momentos,

Pensando em ti, como a cismar,

Que inda serei dono dos sentimentos

Que te farão sorrir e talvez suspirar.

Não é passageiro, não é culpa da lua,

Ou desse sol radiante que queima a rua:

É por pensar muito no que sempre quis.

Por todo este ardor que se insinua

Te quero minha, ardente e nua,

Pra saber –me intenso e fazer-te feliz.