(DE) MENTE! (158)
Acordo assustada e onde estou não sei,
Num momento triste da vida, ao qual me condenei,
Aprisionada, onde eu mesma me amarrei,
E incoerente, meus sonhos, desintegrei...
Se nem lembranças restaram, da minha história,
Alojo-me no escuro d’alma, desconsolada,
Como demente a delirar, mente embotada,
Confusa, perdida, estou encurralada...
E no turbilhão que me envolve, fico me procurando,
Num átomo de segundo, me reencontrando,
Sou a imagem ainda gravada, em minha mente,
Não a desfigurada, que vislumbro, insistentemente...
Meu espírito sofre, preso a um corpo doente,
Vou libertá-lo, deixá-lo ir embora, livremente,
Abrir, o grilhão, que a ele me prende,
Assim, sem mim... Será feliz... Novamente...