PASSARINHOS NO TELHADO
Um canto lá
Um canto cá
Melodias desentoadas
Ecoam por entre
Várzeas, campos
E matas...
Pequenos sons
Da sobrevivência
Que a nós consola.
O amanhecer surge
Vagarosamente
Despertando esses
Pequeninos seres
Os quais fazem
De nosso amanhecer.
O começo de um
Novo dia.
Me ponho a observar
Detalhadamente cada
Canto , cada tom , cada som.
Sobre telhados aveludados
Tingidos pelo passar do tempo,
Esnobam seus cânticos
De cabeças erguidas
Voltadas ao céu,
Aguardando talvez , um presente,
Um belo troféu.
E assim segue o amanhecer
O céu em seu tom dourado,
Passarinhos a encantar,
a cantar no telhado.
SONIA BRUM.