Mutação 1, Mutação 2.
Mutação 1
Poeta, encanto de angústia,
Por quantas poesias permeio?
Em mim brada alma aflita,
Embora punitiva e saudosa.
Arte dolorosa de não ter,
Da incerteza constante...
Absoluto sofisma da sorte,
Contraste de minha morte.
Um tempo risonho de mim:
Instantes humanos sonhados,
Irrestritamente queridos meus.
Deu-se a frenagem secamente,
Eclipse do coração, mutação!
Força da natureza incorporada.
Mutação 2
Eis aí uma revelação sentida .
Sem a mísera jura sequer...
Fito estrelas, tantas havia lá,
Carta celeste e Lua orbitava.
Eu orbitava e nem isso valeu.
Recebi estrelas lindas e breu.
Três palavras, de espera inútil.
"Um dia ficarei." Tão pouco...
Cale a boca humana vil e tola!!!
Não vês que belo o silêncio?
Não vês que insana tu és?
Súbito estertor, era meu corpo,
Humana ferramenta utilizada.
Virou pó e vento, força gerada.