Acordemos o silêncio
Soem sirenes inquietas
Acordem o silêncio do mundo
Que dorme no muro da indiferença
Sobre os escombros da incerteza
E da inquietação.
Soem trombetas de alerta
Alertem as consciências moribundas
Dos poderes da ganância
Que nos devoram
Nos sugam a razão.
Soem gritos silenciosos
Sofocados nas gargantas
Pelo fumo da mentira
Pela poeira da corrupção.
Que se ergam raios de sol
Neste céu cinzento
De nuvens carregadas
Onde a nossa alma se alaga...
Pela chuva da desilusão.
Gilberto Fernandes