Acordemos o silêncio

Soem sirenes inquietas

Acordem o silêncio do mundo

Que dorme no muro da indiferença

Sobre os escombros da incerteza

E da inquietação.

Soem trombetas de alerta

Alertem as consciências moribundas

Dos poderes da ganância

Que nos devoram

Nos sugam a razão.

Soem gritos silenciosos

Sofocados nas gargantas

Pelo fumo da mentira

Pela poeira da corrupção.

Que se ergam raios de sol

Neste céu cinzento

De nuvens carregadas

Onde a nossa alma se alaga...

Pela chuva da desilusão.

Gilberto Fernandes

Gilberto Fernandes
Enviado por Gilberto Fernandes em 21/04/2019
Reeditado em 22/04/2019
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