Insincero
quando quis teu nome
pediu minha boca.
quando quis tua sombra
fingindo rogar um gole de ar,
pediu minha pele.
a aflição do cabelo
quebrou a paz
as ruas pareciam rios, com barcos nos olhos
quando tua saudade, na noite marcada
é meu peito... por descuido.
as portas recuam
nenhuma tranca, sobrevive.
por motivo algum
... chamou de cruel, insincero
o imenso verde que espera todo mês
o fim que não posso ser
por mera beleza do calendário.