O ensaio das orações
sob a cintura do vestido aspirava a noite
os anéis dos cabelos, mar entreaberto
molha os ombros em contradições de azul
naufragando em sal dentro de um navio
teus olhos menino, esquinas tardias
fazem as raízes da noite estremecerem
queimando em minhas mãos a calma
cativa-me a claridade com que captas o silencio
o ensaio das orações
se, o tempo mudo é quando fala mais de ti.
por Deus, pra que servem as palavras?