Já ao céu, como uma noite inventada...

conte-me do poema inscrito nos olhos

com a voz esquecida em meus rascunhos

demore o silencio... no brilho da maçaneta

chore tua sombra, feita aos dedos.

deixe o tempo lá fora, revistado até a pele.

e, o rio correr para onde quiser...

misture o breve, aos braços do sofá

ecoa-te, em vermelho adormecido.

abisme o pincel, na alma d’água.

bate à porta, ecoa-te como uma paz.

uma, que demore nos lábios... (o tempo das demoras).

inclinada como um batom, sem sequer saber-se, fúria.

ainda que troveje sob o cobertor de lã

(de uma maneira especial)

não temo.

como uma moça bem comportada, já no vestido.

de uma lembrança...

só tua.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 17/04/2019
Código do texto: T6625928
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