Já ao céu, como uma noite inventada...
conte-me do poema inscrito nos olhos
com a voz esquecida em meus rascunhos
demore o silencio... no brilho da maçaneta
chore tua sombra, feita aos dedos.
deixe o tempo lá fora, revistado até a pele.
e, o rio correr para onde quiser...
misture o breve, aos braços do sofá
ecoa-te, em vermelho adormecido.
abisme o pincel, na alma d’água.
bate à porta, ecoa-te como uma paz.
uma, que demore nos lábios... (o tempo das demoras).
inclinada como um batom, sem sequer saber-se, fúria.
ainda que troveje sob o cobertor de lã
(de uma maneira especial)
não temo.
como uma moça bem comportada, já no vestido.
de uma lembrança...
só tua.