LUA ANDANTE
A lua?
Distante e suave
Plúmbea
Tão nua
Etérea
Andante nave
Celeste
Facho na rua
Beleza
Inconteste
Busco
A claridade
Ao longe
A possibilidade
De tê-la perto
Qual monge
No claustro
Adorando
O incerto
Porém fausto
Brilho distante
E aquém
Em minha íris
De infante
Refulgente
Me domina
Quase a tocá-la
Clara menina
Trago-a aos olhos
Na luneta
Chega e se mostra
Flor do espaço
E do poeta
Dou meu abraço
No olhar,
Único conforto,
Quase morto
Ao luar.
Dalva Molina Mansano