PAU PRA TODA OBRA




 
 
A madeira cortada e transportada
De alguma mata ou longínqua floresta,
A milhares de nobres fins se presta,
Depois de em tábuas ser transformada.

 
Urna de tua última viagem,
A linha que segura teu telhado,
Os mourões que fazem teu cercado,
De onde sairão espigas e vagens.

 
Ou as mesas sujas daqueles bares,
Manchadas pelos copos de bebida,
Ou pelos restos frios de comida
Que depois de saciado deixares.

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Interação do pota fcunha lima, sempre presente e atuante.


=BRINCADEIRA DE POETA=


 Quisera ter um coração de ferro,
Porque o meu é feito de madeira,
Não sei porque pensei nesta besteira,
 Por isso este meu quarteto encerro

 A minha voz então solta o seu berro,
 Para entrar também na brincadeira,
 E assim cantando passa a tarde inteira, 
Quer ser do corpo seu testa-de-ferro.

 Mas o poeta diz que a poesia,
É quem encanta a sua alegria
E sendo assim um verso meu, me cobra

Tão de repente ou com toda pressa,
 Peguei o lápis e mais que depressa,
Fiz um soneto: pau pra toda obra.

Seguindo sob forma lúdica os versos do mestre Jota. Fernando cunha lima ? 15-04-19.
Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 15/04/2019
Reeditado em 16/04/2019
Código do texto: T6624342
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