VELEIRO
Poema de:
Flávio Cavalcante



Veleiro à deriva no mar bravio
Ventos balouçantes em águas loucas
A noite que chega fazendo muito frio
Findando as esperanças que não são poucas 

Veleiro que ancora em qualquer cais

É âncora fixada em areia no deserto
É um vento que sopra em outros ais
É o errado que não quer saber do certo

Veleiro que arrasta para as águas profundas
Correntes de águas escuras e frias
Loucas e dispersamente oriundas
De chuvas torrentes e bravias

Veleiro que te quero ancorado
Numa margem de horizonte sereno
Em meio a neblina e o vento gelado
Banhado de chuvisco constante e pleno

Veleiro ergue tuas velas ao vento
Ancora noutro cais toda a verdade 
Leva de volta o meu pensamento
Ofertando as águas a minha saudade

 
 
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 14/04/2019
Reeditado em 19/02/2021
Código do texto: T6623055
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