A VIDA

Não tenho medo da morte

Tenho pena da falta da sorte

De um dia não mais subsistir

E as maravilhas criadas não mais assistir.

Fico a imaginar aonde chegará essa tecnologia

Parece um sonho, parece uma exibição de magia.

Deliro com as descobertas dos grandes pesquisadores,

Mas em muitas delas, não estarei mais entre os admiradores.

Sou consciente das mazelas do mundo,

Mas o vejo por um prisma mais profundo

E assim consigo enxergar a beleza da vida

Na simplicidade de uma conquista querida.

Posso cair e levantar, chorar e sorrir,

Posso perder e ganhar, mas jamais desistir.

Posso viver desilusões e até decepcionar corações,

Mas nunca partirei dessa vida, sem viver emoções.

Quantos “espetáculos” meus olhos já viram!

Quantas pessoas boas e justas já existiram!

Quantos “perdidos” já foram encontrados!

Exclamo: como posso não amar esses fatos registrados!

Se posso olhar para o lado bom

Porque reforçar o tom

E enaltecer as guerras sangrentas?

Prefiro as pessoas que pela paz vivem atentas.

Se me permitissem voltar

Voltaria à vida exaltar

Porque amo a vida

E lamento a triste partida.

Não tenho medo de morrer

Só tenho medo de não ver

Aquilo que a vida ainda pode oferecer

E que muita gente partirá sem conhecer

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 13/04/2019
Reeditado em 14/04/2019
Código do texto: T6622914
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