A VIDA
Não tenho medo da morte
Tenho pena da falta da sorte
De um dia não mais subsistir
E as maravilhas criadas não mais assistir.
Fico a imaginar aonde chegará essa tecnologia
Parece um sonho, parece uma exibição de magia.
Deliro com as descobertas dos grandes pesquisadores,
Mas em muitas delas, não estarei mais entre os admiradores.
Sou consciente das mazelas do mundo,
Mas o vejo por um prisma mais profundo
E assim consigo enxergar a beleza da vida
Na simplicidade de uma conquista querida.
Posso cair e levantar, chorar e sorrir,
Posso perder e ganhar, mas jamais desistir.
Posso viver desilusões e até decepcionar corações,
Mas nunca partirei dessa vida, sem viver emoções.
Quantos “espetáculos” meus olhos já viram!
Quantas pessoas boas e justas já existiram!
Quantos “perdidos” já foram encontrados!
Exclamo: como posso não amar esses fatos registrados!
Se posso olhar para o lado bom
Porque reforçar o tom
E enaltecer as guerras sangrentas?
Prefiro as pessoas que pela paz vivem atentas.
Se me permitissem voltar
Voltaria à vida exaltar
Porque amo a vida
E lamento a triste partida.
Não tenho medo de morrer
Só tenho medo de não ver
Aquilo que a vida ainda pode oferecer
E que muita gente partirá sem conhecer