Desabafo de aedo...

Não há vontade própria

Nuances de felicidade

Permeiam esta vida

Às vezes um tanto mórbida

Traçam minha rotina

Essa é minha sina

Seguir desde menina

O curso urbano, ao pobre

Nunca permite grandes planos

A sobrevivência se impõe

Como causa nobre...

Entre asfalto e deserto

Nada é certo

Apenas o concreto

A endurecer

As vias

As vidas

Acinzentadas pela fumaça

Dos carros

Do medo

Do desassossego

Reina

Sua majestade tecnologia….

E eu aqui, um aedo

Perdido nas horas vadias

Na solidão maior

Que é, a incerteza do agora…

Ema 13/04/2019

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 13/04/2019
Reeditado em 14/04/2019
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