DOIS ATOS
sentei-me em cadeira branca
na intenção de dizer a verdade;
descalço, por higiene e desapego,
fiz questão de bom som e claridade,
abri mão do meu quinhão de sossego.
puseram-me mesa escarlate
para que me turvasse o juízo;
nu, para negação da armadura,
absorvi a frieza indiferente do piso,
abri mão do que me restava de candura