ÍNTERIM
Enquanto eu busco conhecer estrelas
Os homens maus criam buracos negros
Dissolvendo todos os meus segredos
Em meio a bunker, cercas e trincheiras
Sou feito de fogo, vidro e aço
Me alimento de sonhos e perigos
O olho da tormenta é o meu abrigo
Entre raios e trovões eu me refaço
Das lágrimas faço vícios, viço e versos
Do sofrer faço encanto e canção
Meu hobby e distância e solidão
Meu quintal é o centro do universo
O meu instante é um breve infinito
Um calendário de pleito a evoluir
Um caleidoscópio de planos a construir
E a minha paz é, o eco do meu grito.