O Primeiro Homem
Quando criança/
Olhava para o céu/
Perdido em pensamentos/
Na imensidão do infinito/
Viajava...
Descobri os encantos da lua/
Admirava e viajava....
Na imaginação/
Um astro solto no ar/
Iluminando toda a terra habitada/
Quando cresci olhava para o céu, já como senhor/
Me vi compelido em gastar trilhões/
Em sacrificar vidas/
Com intuito de encontrar civilizações/
Com o desejo de ser o único...
O dono/
Um nome na história/
Segui sob efeito dos holofotes da cegueira ambiciosa/
Envaidecido, me deixei a euforia de fincar lá os meus domínios/
De me permitir partir buscando fama/
Desapercebido e completamente ensandecido/
Não vi que aqui/
Temos tanta gente para descobrir/
Como um cientista/
Como homem viajei anos luz/
Vencendo minhas limitações/
Para procurar a solução as minhas curiosidades/
Me perdi e só encontrei a solidão/
Quando a terra voltei/
Aclamado me dei conta/
Que o povo, alí, em sua alegria/
Tanto quanto eu, éramos ignorantes/
E precisamos refletir/
Para sairmos desse calvário/
Pois não há, sob a chuva fina, ou a noite longa/
Maior descoberta, do que amar de verdade/
Assim descobri a cura para toda essa desumanidade/